7ª Maratona do Porto - Crónica de João Meixedo
7ª Maratona do Porto
(Crónica de João Meixedo)
E vão seis!
Perdi o Mesquita e perdi o ritmo. Passei a meia com 1:43. Rolava agora entre os 5:05 e os 5:10 e assim me mantive até ao km 28 onde, à porta de casa, tinha a família à minha espera e onde recolhi um tubo de gel que partilhei com uma atleta que acabava de alcançar e que me parecia em dificuldades. Retorno no Freixo, nova passagem à porta de casa e mais um gel para o bolso.
Tinha agora a companhia da tal colega de jornada e parecia que nos íamos entender bem. Rolamos 2 ou 3 quilómetros em torno dos 5:15 e chegamos ambos a pensar que tínhamos parceria para levar até ao final da prova, mas à saída do túnel da Ribeira encontro o Vítor em dificuldades e sem hesitar paro.
Estava com dores musculares e com ele alonguei um pouco. Arrancamos para logo adiante pararmos no abastecimento da Alfândega. O quilómetro era o 32 ou 33 e o local o mesmo onde na edição do ano anterior tinha largado o Miguel, com quem rolava desde o início da prova, para terminar com 3:25.
Se encontrei o tal muro? Não sei mas acho que não. Sei que a partir daí não mais parei mas também não mais consegui correr abaixo dos 5:30. Sei também que não sonhava desesperadamente com a meta.
Terminei com o habitual sprint, com um tempo final de 3:39. Mais 15 minutos do que o meu melhor tempo e menos 11 que o meu pior. Concluo que apesar que estar a contar com um tempo na casa dos 3:35 a coisa até nem correu nada mal.
Trago agora o vento pelas costas e rolo sem dificuldade a um ritmo acima daquele que seria aconselhável. Termino as minhas reflexões no momento em que avisto o Clube Fluvial Portuense. Um mergulho, umas braçadas e que bem me sinto.
O que eu andava a perder quando só andava aos chutos à bola!